A cidade de São Paulo se prepara para um marco no desenvolvimento urbano: o maior leilão de CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) da história da Operação Urbana Consorciada (OUC) Faria Lima. Com previsão de arrecadação de até R$ 3,8 bilhões, este leilão pode redefinir os rumos da principal região corporativa da capital paulista.
O que são CEPACs e por que este leilão é tão relevante?
Os CEPACs são instrumentos urbanísticos que permitem aos empreendedores adquirir o direito de construir acima do coeficiente básico definido pela legislação — viabilizando, por exemplo, edifícios mais altos ou com maior aproveitamento do terreno. O valor arrecadado com sua venda é investido em melhorias urbanas dentro da área da operação.
Na OUC Faria Lima, a venda de CEPACs já viabilizou obras relevantes como a requalificação do Largo da Batata, a construção de túneis, ciclovias e projetos habitacionais. Agora, com a promulgação da Lei Municipal nº 18.175/2024, será autorizado um novo estoque de 250 mil m² de potencial construtivo adicional.
Os números do novo leilão
De acordo com o prospecto protocolado pela Prefeitura de São Paulo junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o novo leilão ofertará:
- Quantidade de CEPACs: 218.518 títulos
- Valor mínimo por CEPAC: R$ 17.601,00
- Arrecadação potencial: até R$ 3,8 bilhões
Data estimada do leilão: em fase final de aprovação (previsão para as próximas semanas) - Os recursos arrecadados deverão ser majoritariamente direcionados à urbanização do Complexo Paraisópolis, incluindo projetos de habitação, infraestrutura e equipamentos públicos.
Como funciona a conversão em metros quadrados?
O número de CEPACs necessários para viabilizar um projeto depende da localização e do uso do imóvel:
Em regiões mais centrais da operação, como o trecho entre a Av. Rebouças e a Av. Cidade Jardim, são exigidos 1,04 CEPAC por metro quadrado adicional em empreendimentos comerciais.
Para projetos residenciais, o índice pode chegar a 0,65 CEPAC por m².
Ou seja, um único projeto pode demandar milhares de CEPACs, o que atrai o interesse de incorporadoras e fundos com apetite por grandes desenvolvimentos na zona mais valorizada de São Paulo.
Impacto no mercado imobiliário
Com a escassez de terrenos disponíveis e a alta demanda por imóveis corporativos de alto padrão na região da Faria Lima, o novo leilão deve aquecer o mercado. É uma oportunidade para investidores que buscam antecipar tendências e garantir espaços estratégicos no eixo financeiro mais consolidado do país.
Além disso, há expectativa de valorização dos ativos já existentes na região, tanto para uso corporativo quanto para empreendimentos mistos.
Na Differa, acompanhamos de perto os movimentos urbanísticos que moldam o futuro do mercado imobiliário.
Se você é proprietário de um terreno, investidor ou incorporadora e quer entender melhor como essa nova etapa da OUC Faria Lima pode afetar seus projetos, fale com a gente.
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